
Coração partido,despedaçado em fragmentosespalhados pelo chão outrora verdejante,agora da cor da terra.Como pôde a virtude da brisaagarrar o mundoe vorazmente prendê-lo ao solqueimando cada metro quadrado desta Pangeia,derretendo os oceanos em marfim e safira de espaço vazio...E no licor de uma despedidaa sentença do meritíssimo juiz:ontem foste o meu braço direitohoje és réu sem o mereceres...mas vais preso à mesma,(porque acreditaste na eternidade de um sonho)até ao debaldar dos teus dias...Sou grande para mim,serei grande para o mundose assim o mundo me aceitar...e nascido no poço profundo(sítio errado talvez)mais profundo que alguma vez possas imaginar...Por entre os pacatos luxosda existência compreenderásque a cruz que ao ombro carregamosé mais difícil de puxardo que o peso da atmosfera que agora respiras,e a minha é imensamente pesadamas pela qual puxo com esforço e dedicaçãotodos os dias da minha vidamesmo perdido nas minhas debilidades.Que não te venha a fazer falta mais tardeo licor do voo de estrelase o ar no peito,porque és bela demais para o merecere eu só te quero bem.Um dia serei a luz que vejoao cimo do vazio de mimentre as pedras calcadasque a meio de caminho trepodeste fosso do qual saioaos pouquinhos...É entre as quedas incompreendidasque desfaleço momentaneamentee me levanto...Sorte a tua de teres o cintilante brilhoao teu lado...Se soubessescomo na realidade te podia ter amado...e não soubeste invocar o meu odorquando me tivestenas mãos...Morro nos teus braçoslavado em lágrimasporque assim me moldastequando me largaste ao ventoentre as palavras ternas que te escrevi,fui a poesia que não leste...mas que alguém lerá um dia...(Como gostava que fosses tu...)
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